quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Travalínguas

"Os travalínguas fazem parte das manifestações orais da cultura popular, são elementos do nosso folclore como as lendas, os acalantos, as parlendas, as adivinhas e os contos. O que faz as crianças repeti-los é o desafio de reproduzi-los sem errar. Entra aqui também a questão do ritmo, pois elas começam a perceber que, quanto mais rápido tentam dizer, maior é a chance de não concluir o travalínguas. Esse tipo de poema pode ser um bom recurso para trabalhar a leitura oral, com o cuidado de não expor alunos com mais dificuldades. É nessa leitura que melhor se observa o efeito do travalínguas e, dependendo da atividade, passa a ser uma brincadeira que agrada sempre". Fonte: Wikipédiadisponível em http://pt.wikipedia.org/wiki/Trava-línguas -  16 de novembro de 2011 as 19:20

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"Travalíngua é uma espécie de jogo verbal que consiste em dizer, com clareza e rapidez, versos ou frases com grande concentração de sílabas difíceis de pronunciar, ou de sílabas formadas com os mesmos sons, mas em ordem diferente. Os trava-línguas são oriundos da cultura popular, são modalidades de parlendas (rimas infantis), podendo aparecer sob a forma de prosa, versos, ou frases. Os trava-línguas recebem essa denominação devido à dificuldade que as pessoas enfrentam ao tentar pronunciá-los sem tropeços, ou, como o próprio nome diz, sem 'travar a língua'. Além de aperfeiçoarem a pronúncia, servem para divertir e provocar disputa entre amigos". Fonte, SÓ PORTUGUÊS - disponível no endereço http://www.soportugues.com.br/secoes/trava/ - 16 de novembro de 2011 às 16:40


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"Trata-se de uma modalidade de Parlenda. É uma arrumação de palavras sem acompanhamento de melodia, mas às vezes rimada, obedecendo a um ritmo que a própria metrificação lhe empresta. A finalidade é entreter a criança, ensinando-lhe algo". Fonte: Disponível no sitio http://www.qdivertido.com.br/verfolclore.php?codigo=22 - 16 de novembro de 2011 às 19:24



Exemplos:

I
Quando digo, digo
digo digo e não digo Diogo
Quando digo Diogo
digo Diogo e não digo digo.

II
Num ninho de mafagafos, 
cinco mafagafinhos há! 
Quem os desmafagafizá-los, 
um bom desmafagafizador será.

III
O rato roeu a roupa do rei de Roma
a rainha com raiva resolveu a roupa remendar.

IV
O sabiá não sabia que o sábio sabia que o sabiá não sabia assobiar.

V
 A aranha arranha a rã. A rã não arranha a aranha.

VI
O tempo perguntou pro tempo quanto tempo o tempo tem. O tempo respondeu pro tempo que o tempo tem tanto tempo quanto tempo o tempo tem.

VII
Uma aranha dentro da jarra. Nem a jarra arranha a aranha nem a aranha arranha a jarra.

VIII
Três tigres tristes para três pratos de trigo. Três pratos de trigo para três tigres tristes.

IX
O peito do pé de Pedro é preto. Quem disser que o peito do pé de Pedro é preto tem o peito do pé mais preto do que o peito do pé de Pedro.

X
O doce perguntou pro doce qual é o doce mais doce que o doce de batata-doce. O doce respondeu pro doce que o doce mais doce que o doce de batata-doce é o doce de doce de batata-doce.

XI
Cinco bicas, cinco pipas, cinco bombas. Tira da boca da bica, bota na boca da bomba.


XII
A aranha arranha a rã. A rã arranha a aranha. Nem a aranha arranha a rã. Nem a rã arranha a aranha.


XIII
A vaca malhada foi molhada por outra vaca molhada e malhada.

XIV
Pinga a pia, apara o prato, pia o pinto e mia o gato.

XV
A babá boba, bebeu o o leite de bebê.  

XVI 
Esta burra torta trota. 
Trota, trota a burra torta. 
Trinca a murta, a murta brota. 
Brota a murta ao pé da porta.
 

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Você sabe o que são Parlendas?


As parlendas são versos infantis com rimas, criados para as mais diversas finalidades, entre as quais: divertir, acalmar, ajudar a decorar números e coisas ou escolher quem deve iniciar uma brincadeira.

Parlendas são também aquelas canções infantis de pequenos versos, palavras ou expressões de pronúncia difícil muito utilizada em brincadeiras de rodas e que são passadas de gerações, através da oralidade.

O uso lúdico das parlendas ajudava as crianças a serem mais criativas, desinibidas, inteligentes, além de desenvolver sua dicção e aprendizagem geral.

Mas o que são essas benditas parlendas?

As parlendas são formas literárias tradicionais, rimadas com caráter infantil, de ritmo fácil e de forma rápida. Não são cantadas e sim declamadas em forma de texto, estabelecendo-se como base a acentuação verbal.

O motivo de uma parlenda é seu ritmo, como ela se desenvolve, o texto verbal é uma série de imagens associadas e obedecendo apenas o senso lúdico, ela pode ser destinada à fixação de números ou ideias primárias, dias da semana, cores, dentre outros assuntos. Vejamos alguns exemplos:

Um, dois, feijão com arroz,
Três, quatro, feijão no prato,
Cinco, seis, falar inglês,
Sete, oito, comer biscoito,
Nove, dez, comer pastéis.

Essa, todos conhecem, ou não? Vejamos então a seguinte:

Batatinha quando nasce,
Espalha a rama pelo chão,
Menininha quando dorme,
Põe a mão no coração

E esta agora?

Atirei o pau no gato
mas o gato não morreu
Dona Xica adimirou-se
do berro
que o gato deu


Vejamos outros exemplos de parlendas, para seleção ou escolha de alguma coisa, por exemplo.

Pic pic picolé
Quantos pic você quer?

Ou então

A sempre-viva quando nasce,
toma conta do jardim
Eu também quero arranjar
Quem tome conta de mim

Ou ainda

Lá em cima do armário
tem um copo de veneno
quem bebeu morreu
o culpado não fui eu

Para ninar crianças

Boi boi boi
Boi da cara preta
Vem ninar “Zezinho”
Que tem medo de careta

Para finalidades recreativas como pular corda

Rabo,
cortou,
emendou,
saiu
debaixo da cama
Deguinho sumiu
se não sair
vou dar foguinho

Para finalidades recreativas como cantiga de roda

O rei mandou buscar
uma de vossas filhas para casar
O rei mandou buscar
uma de vossas filhas para casar

Esta quero, esta não quero
esta come pão da cesta
bebe água na galocha
come queijo e requeijão
vim buscar meu coração

Ou

La vai a bola girar na roda
passa adiante sem demora
e se no fim
desta canção
você que estiver
com a bola na mão
depressa
pule
fora

Ou

Por detrás daquele morro,
Passa boi, passa boiada,
Também passa o moreninho,
Do cabelo cacheado

Para outras finalidades

Eu sou pequena,
Da perna grossa,
Vestido curto,
Papai não gosta

Ou ainda

Era uma bruxa
À meia-noite
Em um castelo mal-assombrado
com uma faca na mão
Passando manteiga no pão

Ou

Por detrás daquele morro,
Passa boi, passa boiada,
Também passa moreninha,
De cabelo cacheado

Ou

Papagaio come milho.
periquito leva a fama.
Cantam uns e choram outros
Triste sina de quem ama

Ou

Tropeiro fala de burro,
Vaqueiro fala de boi,
Jovem fala de namorada,
Velho fala que foi

Ou

Eu fui ao tororó
beber água, não achei
encontrei bela morena
que no tororó deixei
aproveita minha gente
que uma noite não é nada
se não dormir agora
dormirá de madrugada
Ou Dona Maria
ou Mariazinha
entra nessa roda 
ou ficará sozinha